quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cine Periferia Pai D’Égua encerra ano com balanço positivo

Mais de 16 exibições em diferentes locais da grande Belém, um curta sobre o bulliyng e dois documentários, um sobre o Centro de Recuperação Feminino e outro a respeito do populoso e ainda perigoso bairro do Guamá são apenas alguns resultados práticos dos quatro meses de projeto Cine Periferia Pai D’Égua, realizado pela ONG Crias do Futuro e CUFA, com Patrocínio da Oi.

Ao todo foram dez bairros, duas ilhas e mais duas instituições de recuperação de pessoas e um abrigo para meninas que receberam uma exibição gratuita de Cinema com filmes que tratavam da realidade vivenciada pelas periferias. Outra ação importante do projeto além da exibição do filme “5xFavela, agora por nós mesmos”, foi a realização oficinas em locais estratégicos da cidade para também oferecer a essas comunidades a chance de ver sua realidade apresentada na telona. Para um dos padrinhos do projeto, o ator Adriano Barroso, “O projeto possibilita aquele que sempre foi retrato por outros artistas a pintar seu próprio retrato e colocar a mão na massa e acara na tela e isso significa prepara uma série de pessoas que são necessárias para se levantar um filme”, afirma.

ONG Crias do Futuro começa agora uma nova etapa que é dar corpo ao 2º Cine Periferia Pai D’Égua que já foi aprovado pela Lei Semear e deve acontecer em Setembro. “No primeiro, tivemos a experiência de abrir o dialogo cinematográfico com a periferia de Belém, formamos um público não apenas que aprendeu a ir ao cinema, mas que sonhou também se ver na tela do cinema. Agora nosso objetivo e apresentar esse trabalho ao grande público e claro continuar capacitando nossos jovens e ampliando horizontes”, planeja Aline Machado coordenadora da ONG.

Além dela, quem está muito empolgado com a Mostra são os alunos da Escola Temístocles Araújo, da Marambaia, que tiveram a chance de ver o resultado da sua oficina em tela grande na última sexta-feira, durante o encerramento do projeto. Para Ithair Filho, de 15 anos, a experiência é enriquecedora. “O mais difícil mesmo foi viver o personagem que sofre bulliyng porque eu nunca tinha pensado diretamente no assunto e sofrer todas as aquelas agressões gratuitas, nossa, é muito difícil”, reflete o estudante.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Penúltima apresentação do Cine Periferia será na Cidade Velha

A Escola General Gurjão na Cidade Velha é o penúltimo espaço a receber a sessão do “5xFavela, Agora por nós mesmos”. O filme conta cinco histórias escritas, produzidas e dirigidas por moradores de favelas cariocas numa iniciativa da Central Única das Favelas em parceria com o cineasta Caca Diegues, um dos talentos revelados em 1962 na primeira versão do 5xFavela realizada pela UNE e que revelou três cineastas importantes para o país.
Esta semana encerra a programação de quatro meses em que o projeto levou o filme a 16 locais da grande Belém para popularizar o cinema e também para formar platéias para o cinema nacional e mostrar como as comunidades se vêem.
Para o ator e parceiro do projeto, Adriano Barroso, “O projeto possibilita aquele que sempre foi retratado por outros artistas a pintar seu próprio retrato e colocar a mão na massa e a cara na tela. Isso significa preparar uma série de pessoas que são necessárias para se levantar um filme”, afirma.
A ONG Crias do Futuro tem a patrocínio da Oi, da Semear, Governo do Pará e apoio cultural do Oi Futuro e Fundação Cultural Tancredo Neves.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Oficinas do Cine Periferia já preparam resultados


Oficinas de Introdução a Linguagem Audiovisual nos bairros do Guamá e Marambaia devem realizar filmes para as Mostras de Cinema do Cine Periferia Pai D'égua 2a edição. Cerca de 40 jovens e adolescentes participam das oficinas que ensinam a utilização de equipamentos populares de filmagem, roteiro, construção de ideias para cinema e introdução a edição.


As oficinas fazem parte do projeto Cine Periferia Pai D'égua que realiza mostra de filmes oriundos das comunidades e periferias do Brasil inteiro. No Guamá, a oficina foi promovida de 28 de novembro a 02 de dezembro e na Marambaia de 5 a 9 de dezembro.


O trabalho tem como objetivo levar o resultado das oficinas para as mostras de cinema de periferia do Brasil inteiro, além de capacitar os moradores das periferias de poucos recursos. As oficinas querem ainda mostrar que cinema e talento não dependem de dinheiro. “Quando realizamos o 1º Cine Periferia percebemos que a produção paraense, mesmo em pequenos formatos, ainda era pouca e ainda de baixa qualidade, por isso nos prontificamos a formar esse público que tem vontade de fazer cinema mas ainda não domina as técnicas”, afirma Aline Machado coordenadora da ONG Crias do Futuro.


Para ela, fornecer as técnicas adequadas para a utilização de equipamentos pode além de qualificar os moradores desses locais como também elevar auto-estima deles. “Muitos de nós ainda apenas olham pro cinema simplesmente como produto de consumo, mas cinema também é uma forma de nos expressar e mostrar nossas ricas histórias em telão faz com que possamos mostrar como vivemos a partir de nossos próprios olhos”, completa a coordenadora.  


A ONG Crias do Futuro tem a patrocínio da Oi, da Semear, Governo do Pará e apoio cultural do Oi Futuro e Fundação Cultural Tancredo Neves.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cine Periferia Itinerante atravessa a baía e leva sessão de cinema à Cotijuba

Mais de cem pessoas se reuniram na barraca da Rita Marley na última sexta-feira, o motivo era uma programação completamente diferente daquilo a que as crianças e adultos estavam acostumados diariamente. Os moradores puderam prestigiar uma sessão de cinema proporcionada pelo projeto Cine Periferia Itinerante.

O filme “5xFavela – Agora por nós mesmos” atraiu a atenção de Gabriela Nascimento de 15 anos, ela disse que ficou um pouco chocada com algumas histórias. “É uma realidade brutal essa, mas não podemos dizer que está muito longe do que vivemos. Aqui também presenciamos muitas coisas como drogas, mas ainda não temos tanta violência assim”, comemora a adolescente.

Para José Maria da Silva, de 12 anos, o episódio que mais chamou a atenção foi “Feijão com Arroz”. “Adorei ver o menino fazendo de tudo para dar um presente para o pai dele. Foi divertido”, afirmou o garoto.

Atravessar a baía, com muitos equipamentos, para levar cinema a pessoas que vivem outra realidade tão perto de Belém foi recompensado segundo a coordenadora do projeto Aline Machado. “Ouvir as crianças e jovens rindo, e perceber como eles realmente estão encantados com a novidade faz com que a gente perceba como somos privilegiados e como realmente esse trabalho é necessário. Democratizar o acesso a cultura não é dever apenas do Estado, é nosso como cidadão também”, acredita a idealizadora do Cine Periferia Itinerante.

O projeto também esteve no Abrigo Dulce Acciole na semana passada. O intuito era promover uma tarde diferente para as internas abrigadas. As adolescentes que fogem uma realidade brutal tiveram momentos de divertimento e reflexão.

Vania Souza, de 12 anos, assistiu um filme em tela grande pela primeira vez emocionou-se com muitas cenas e afirmou “Ver essas histórias sempre faz a gente pensar em nossa própria vida”. Outra que ficou impressionada com as situações mostradas no 5xFavela foi Rafaela da Silva, de 15 anos, “Nada do que vimos é diferente do nosso cotidiano, mas o amor e a alegria de algumas histórias lembram as fases felizes que temos”, disse ela.






Cidade Velha recebe Cine Periferia no próximo dia 15.

No dia 15 de dezembro o Cine Periferia estará no Escola Estadual General Grujão no bairro da Cidade Velha.