Vinte alunos do sistema
penitenciário devem se apresentar com seus instrumentos para familiares e
outros internos na próxima quinta-feira dia 26 de Julho. É o pocket-show de
encerramento do projeto Crias do Futuro. Durante seis meses, eles foram
musicalizados e aprenderam a fabricar seus próprios instrumentos. A iniciativa
é da ONG Crias do Futuro e Cufa Pará com patrocínio da Oi apoio da Oi Futuro e
do Governo do Estado através da Lei Semear.
Os alunos aprenderam
primeiro a fabricar seus instrumentos, no que surpreenderam o mestre no oficio,
Francisco Carlos Matos da Silva, mais conhecido como Zetti. Segundo ele as
atividades seguiram com grande aproveitamento. “Os alunos aprenderam até mais
rápido e mostraram muito mais interesse do que outros que já tive. Eles foram
muito ativos, e por meio da oficina aprenderam uma profissão, pois como se sabe
conseguir emprego após cumprir pena não é fácil”, completa Zeti.
Para os alunos lidar com
música também foi um grande conhecimento profissional e pessoal. A esposa de um
deles escreveu para a Cufa Pará, relatando a experiência do marido. “O meu
marido estava passando por um quadro de depressão grave esse projeto esta
fazendo muito bem a ele. Por isso faço questão de deixar o meu agradecimento a
todos os responsáveis por esse projeto, Deus abençoe a todos”, disse ela por
e-mail.
Para o professor de
percussão João Paulo Pires as oficinas tiveram bons resultados. “A dedicação
dos alunos foi surpreendente, se dependesse deles todos os dias haveria aulas
de percussão. As aulas foram à oportunidade que eles tiveram de fazer algo
real, algo que sirva para eles fora da cadeia. Além de aumentar a autoestima,
eles aprenderam uma forma de sobreviver quando saírem”, completa João.
As oficinas do Crias
foram importante não apenas para os detentos, mas também para o instrutor João
Paulo. Para o músico essa ação foi à possibilidade de levar sua arte além dos
palcos. “Descobri por meio deste trabalho a chance de levar esperança para os detentos.
As oficinas me fizeram crescer como pessoa. Espero que um dia eu possa dividir
o palco com eles e indicá-los para futuros trabalho fora desses muros”, conta o
instrutor.
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