quarta-feira, 25 de julho de 2012

Internos do Centro de Recuperação do Coqueiro festejam com show de encerramento do curso de percussão


Vinte alunos do sistema penitenciário devem se apresentar com seus instrumentos para familiares e outros internos na próxima quinta-feira dia 26 de Julho. É o pocket-show de encerramento do projeto Crias do Futuro. Durante seis meses, eles foram musicalizados e aprenderam a fabricar seus próprios instrumentos. A iniciativa é da ONG Crias do Futuro e Cufa Pará com patrocínio da Oi apoio da Oi Futuro e do Governo do Estado através da Lei Semear.

Os alunos aprenderam primeiro a fabricar seus instrumentos, no que surpreenderam o mestre no oficio, Francisco Carlos Matos da Silva, mais conhecido como Zetti. Segundo ele as atividades seguiram com grande aproveitamento. “Os alunos aprenderam até mais rápido e mostraram muito mais interesse do que outros que já tive. Eles foram muito ativos, e por meio da oficina aprenderam uma profissão, pois como se sabe conseguir emprego após cumprir pena não é fácil”, completa Zeti.

Para os alunos lidar com música também foi um grande conhecimento profissional e pessoal. A esposa de um deles escreveu para a Cufa Pará, relatando a experiência do marido. “O meu marido estava passando por um quadro de depressão grave esse projeto esta fazendo muito bem a ele. Por isso faço questão de deixar o meu agradecimento a todos os responsáveis por esse projeto, Deus abençoe a todos”, disse ela por e-mail.

Para o professor de percussão João Paulo Pires as oficinas tiveram bons resultados. “A dedicação dos alunos foi surpreendente, se dependesse deles todos os dias haveria aulas de percussão. As aulas foram à oportunidade que eles tiveram de fazer algo real, algo que sirva para eles fora da cadeia. Além de aumentar a autoestima, eles aprenderam uma forma de sobreviver quando saírem”, completa João.

As oficinas do Crias foram importante não apenas para os detentos, mas também para o instrutor João Paulo. Para o músico essa ação foi à possibilidade de levar sua arte além dos palcos. “Descobri por meio deste trabalho a chance de levar esperança para os detentos. As oficinas me fizeram crescer como pessoa. Espero que um dia eu possa dividir o palco com eles e indicá-los para futuros trabalho fora desses muros”, conta o instrutor.

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